terça-feira, 17 de junho de 2014

DEUS E ECOLOGIA, DUAS COISAS OPOSTAS

*Por Caxião – Lagoa Real

Quanto mais aprofundo na reflexão filosófica, percebo que Deus, tal como tem sido apresentado ao longo da história, é antiecológico, já que a ecologia verdadeira pressupõem a igualdade e equilíbrio entre as espécies, diferentemente do que sentencia o deus, já que apenas o homem é o seu agraciado, aquele que é a sua criatura, imagem e semelhança, têm alma e vida após a morte.

Esta filosofia este conceito potencializou o nosso egoísmo, tornando-nos soberanos, extraordinários e submissos perante as demais espécies, permitindo-nos a explora-las exaustivamente, ao ponto de por fim em muitas delas. Dado ao nossa capacidade de raciocinar e este aval celestial para servir-se à vontade das mesmas, proporcionou a eclosão de um fenômeno terrivelmente perigoso, que é a superpopulação humana no planeta. Sete bilhões de seres humanos é inconcebível, catastrófico, já que, atrás destes vem o extermino diário de bilhões, trilhões de seres e como se não bastasse ainda promovemos o superpovoamento de espécies, por nós selecionados, manipulados e cultivados, que sem a interferência humana tal como é jamais atingiria tais cifras. Isto desequilibra as leis que regem a vida planetária. Além disto, a forma como se deu a sua propagação potencializou a nossa inserção às leis capitalistas, onde a luta pelo domínio e poder sempre foi à regra. A prova disto é as hierarquias, suntuosidade e glamour de templos equipamentos que cerca cada doutrina. Conhecendo a índole e as ações cotidianas do bicho homem e ao que revela ciência, torna o conceito deus infundado e incompatível com tese de que a vida é obra divina e que o homem é criatura imagem e semelhança de um ser que se diz perfeito, sendo que é a pior espécie planetária.

Acredito que se esta filosofia a qual vislumbro tivesse sido ao longo da nossa existência, adotada com a mesma intensidade e abrangência que tem sido o deus o nosso egoísmo teria atingido outra dimensão, permitindo-nos compreender de fato a importância, a significância e interdependência da vida como um todo, da mais simples e reduzida a mais complexa e grandiosa espécie o que possibilitaria vivermos numa harmonia mais equilibrada para consigo mesmo e com as demais espécies, evitando assim o superpovoamento da nossa espécie. Esta seria a forma de manter este raro planeta protegido e belo. Enquanto o homem se sentir o único agraciado deste deus, a exploração continua e desenvolvimento sustentável é mera balela.

A nossa inteligência, se tornou burra e o que chamamos de desenvolvimento retrocesso, revelando que o verdadeiro desenvolvimento, pertenceu aos tupis guaranis pré-colombianos e tantos outros povos primitivos, não aos Harvardianos, Marchachustianos.


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