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terça-feira, 29 de maio de 2012

PT no cenário das eleições

A decisão da executiva municipal do PT de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, em ter candidato próprio ao cargo de prefeito nas eleições deste ano enriquece sobremaneira a corrida sucessória, trazendo uma opção para os que torcem contra a volta ao passado e a continuidade do presente.

A história dá razão aos que assim pensam, pois o município vivencia mazelas intoleráveis, no momento, fruto das administrações amadoras dos últimos 30 anos. Assim, talvez não seja apropriado ter como meta colocar Livramento no eixo do desenvolvimento.

Há muito o município está nesse eixo, fruto da iniciativa privada, que soube aproveitar ventos a favor, como a vocação para polo regional de crescimento. O que os futuros gestores e vereadores precisam, além de vergonha, é não atrapalhar mais o desenvolvimento local.

Eles, sim, estão fora do eixo. Foram incapazes de ajustar a gestão pública à tendência desenvolvimentista natural. O que falta hoje se deve à negligência do poder público. Nos últimos anos, apenas visaram interesses pessoais e distribuíram migalhas à população.

A pré-candidatura do PT, que os partidos aliados querem definitiva, foi posta como incondicional e tende a ser irreversível, sem possibilidade de negociação que inclua Gerardo Júnior como vice em chapa de qualquer dos dois grupos até então dominantes.
Resta evidente, então, que passaram a existir três grupos fortes, cada um com pontos fortes e pontos fracos. Muitos estão os diferenciado pelo dinheiro, mas não será o dinheiro que vai definir a eleição e sim o perfil do candidato e a criatividade da campanha.

O eleitor está mais consciente e de "saco cheio de cimento", de enganação. Está voltado para os riscos futuros da falta de segurança pública, desordem urbana, saúde e educação aos frangalhos, estradas ruins, falta de calçamento, abuso na gestão da água.

O candidato mais convincente será o que não prometer nada, mas demonstrar que conhece as necessidades da comunidade e provar que tem capacidade e inteligência para encontrar as soluções. Então, é só se apresentar e colocar as mãos na massa.
Em síntese, o páreo ficou igual. Dinheiro não é mais o diferencial. A firmeza e o caráter do candidato, sim. Cada grupo está sendo avaliado pelo que mais se destaca no seu perfil, que inclui moralidade, respeito humano, competência e ficha limpa.

Ecos da situação indicam que seu diferencial são dinheiro e a influência da máquina administrativa.
A oposição, ou família Leal, parece perdida nas próprias idiossincrasias. Seus integrantes correm risco de morrerem se acotovelando, pois sequer se abraçaram.

A oposição emergente, ou terceira via, representada pelo PT, com um arco de mais de cinco partidos, é a novidade. Tem a responsabilidade e o peso de provar capacidade de corresponder aos anseios dos insatisfeitos que, desconfia-se, seja maioria.

A executiva local do PT trouxe para sua reunião de domingo alguns dos próceres da legenda, entre eles o já lendário escritor e jornalista Emiliano José, atualmente suplente de deputado federal. Faltaram muitos, mas foi o suficiente para mostrar que a decisão é para valer.

Então, ficamos entendidos assim: Livramento tem hoje três grupos fortes prontos para disputar o cargo de prefeito nas eleições do próximo mês de outubro. E cada um precisa deixar seus preciosismos e pensar no povo e nas mazelas que o consomem.
Em todos os grupos há certo autoritarismo e cada um tem suas especificidades atrapalhadoras. Situação: dinheirismo e ilusionismo. Oposição: síndrome do continuísmo. Nouveau-PT: petismo e democracismo. No velho sertão, o povo precisa mesmo é vencer a miséria.
Por: Jornalista Raimundo Marinho, Mandacaru da Serra