* Por Salvador Ribeiro (Caxião), Lagoa Rea, BA
Caxiao.ribeiro@gmail.com
Companheiros terráqueos, falsos Homo Sapiens que se autodeclararam
Imperadores Vitalícios e únicos donos do planeta Terra ante as demais espécies
habitantes desta frágil esferinha azul, vagante no pequeno sistema solar, parte
da galáxia (Via-láctia), ínfima porção espacial do infinito universo chamado
COSMOS.
Começamos assim a nos considerar desde a pré-história quando saímos das
cavernas e começamos a formar sociedade, quando passamos a viver em
comunidades, vilas, cidades e assim por diante. Estas transformações fizeram
com que em nós, aflorassem os piores sentimentos desta raça a qual,
equivocadamente chamamos de humana. Sentimentos estes que são: inveja, ambição,
desejo de poder e de domínio, que para tal é indispensável deter bens, posses,
capitais e riquezas. As quais foram e sempre serão retirados da mãe terra que
inegavelmente pertenceram e pertencem a todo o conjunto de seres vivos deste
planeta. Estes nefastos sentimentos com o passar das eras evoluíram de tal
forma que nos levou a ignorarmos e subjugarmos a limitação e a interdependência
dos recursos e fenômenos naturais deste planeta, o que nos conduziu a através
de maquinas, ferramentas, fogo e artefatos de caça e pesca devorar e devastar
quase toda a cobertura vegetal natural secular, nascente, rios, lagos, alem da
fauna. O problema é que só agora começamos a perceber que este planeta não é
aquele mundo infindável, ilimitado e inesgotável que imaginávamos. Mas apenas
um micro-ecosistema onde tudo que nele existe estão interligados e interdependentes,
e que um acidente ambiental, uma devastação aqui provoca alterações
climatológicas irreparável acolá.
Companheiros Homo Sapiens de outrora, a verdade esta aí, a hora chegou o
aquecimento global é real e as consequências serão desastrosas não temos para
onde correr. O clima virou de ponta cabeça, as chuvas já não sãs as mesmas em
quantidades, regularidades, formalidade temporalidade. O mar está subindo, os
campos desertificando, os rios secando e as geleiras derretendo. Companheiros
veteranos do sertão! Para elucidar os fatos e os acontecimentos, lhes pergunto
cadê a neblina que há muito não se vê e que antes serrava semanas seguidas nos
meses de junho e julho? Cadê o sol escaldante do mês de agosto? E as chuvas
certeiras do mês de outubro que não cai mais? Cadê o inverno cessado de
novembro e dezembro, o brejo, o atoleiro, aguaceiro de março? Juntos foram as
nossas lavouras de arroz e milho, etc. Já não temos mais duvidas por que isso
tudo esta acontecendo. Imagine quando os portugueses aqui chegaram há 500 anos
como era a vegetação deste sertão, da sua fazenda, enfim de todo o Brasil?
Estava todo coberto de matas frondosas de arvores seculares que impediam que o
sol irradiasse diretamente na terra nua e descampada como acontece hoje, foram
todas incineradas. Imagine-se, quanto calor e radiação a mais estas alterações
estão provocando. E somado a isto vem à queima diária de milhões de toneladas
de combustíveis fosseis, as quais imitem radiações e gases tóxicos à atmosfera.
Estas são umas das principais causas do aquecimento global ator principal
destas drásticas mudanças climáticas.
Companheiro a batalha esta quase perdida temos pouco a fazer, visto que o
nosso modelo civilizatório consumista está consolidado, impossibilitando assim
diminuir significativamente o nível de exploração e devastação da mãe terra. Já
que estamos convertidos em sociedade do consumo e não temos como abster-nos de
produtos como: a eletricidade, os últimos aparelhos, instrumentos e
equipamentos da produção, do transporte, da comunicação da medicina e etc. e
etc. Já que muito destes instrumentos e artefatos tecnológicos são usados para
reparar partes das pestes, males e tragédias que nos acometem, fruto deste
modelo desastroso de organização social que caminha para a autodestruição de
toda a vida terrestre. Sabendo-se que a matéria prima usados na confecção de
tais artefatos de uma forma ou de outra, são extraídos do planeta Terra e são
finitos, até porque ainda não conseguimos criar nada, apenas transformar. Só
seria possível reparar em longo prazo os danos que causamos a este planeta se
pudéssemos voltar ao modelo de organização social de nossos ancestrais
pré-colombiano onde a produção era apenas para o auto-consumo, enfim a
sobrevivência, inexistindo ambição luxo e casta social, todos era igual comiam
e se vestia igual, respeitando assim a interdependência e a reciprocidade do
meio-ambiente e do ecossistema. Mas enquanto isto não for possível devemos ter
o compromisso de tentar desacelerar a devastação e a tragédia, cada um fazendo
a sua parte mudando o nosso estilo de vida abstendo de produtos supérfluos e
descartáveis, reduzindo o consumo e dizendo não ao luxo. Ao adotar estas
atitudes estamos contribuindo e muito para amenizar esta mortal devastação a
que está submetido o nosso planeta.
COMPANHEIROS O TEMPO E O PLANETA NÃO ESPERAM.
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sábado, 25 de agosto de 2012
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