sábado, 25 de agosto de 2012

O APOCALIPSE ECOLOGICO,

* Por Salvador Ribeiro (Caxião), Lagoa Rea, BA
Caxiao.ribeiro@gmail.com


Companheiros terráqueos, falsos Homo Sapiens que se autodeclararam Imperadores Vitalícios e únicos donos do planeta Terra ante as demais espécies habitantes desta frágil esferinha azul, vagante no pequeno sistema solar, parte da galáxia (Via-láctia), ínfima porção espacial do infinito universo chamado COSMOS.

Começamos assim a nos considerar desde a pré-história quando saímos das cavernas e começamos a formar sociedade, quando passamos a viver em comunidades, vilas, cidades e assim por diante. Estas transformações fizeram com que em nós, aflorassem os piores sentimentos desta raça a qual, equivocadamente chamamos de humana. Sentimentos estes que são: inveja, ambição, desejo de poder e de domínio, que para tal é indispensável deter bens, posses, capitais e riquezas. As quais foram e sempre serão retirados da mãe terra que inegavelmente pertenceram e pertencem a todo o conjunto de seres vivos deste planeta. Estes nefastos sentimentos com o passar das eras evoluíram de tal forma que nos levou a ignorarmos e subjugarmos a limitação e a interdependência dos recursos e fenômenos naturais deste planeta, o que nos conduziu a através de maquinas, ferramentas, fogo e artefatos de caça e pesca devorar e devastar quase toda a cobertura vegetal natural secular, nascente, rios, lagos, alem da fauna. O problema é que só agora começamos a perceber que este planeta não é aquele mundo infindável, ilimitado e inesgotável que imaginávamos. Mas apenas um micro-ecosistema onde tudo que nele existe estão interligados e interdependentes, e que um acidente ambiental, uma devastação aqui provoca alterações climatológicas irreparável acolá.

Companheiros Homo Sapiens de outrora, a verdade esta aí, a hora chegou o aquecimento global é real e as consequências serão desastrosas não temos para onde correr. O clima virou de ponta cabeça, as chuvas já não sãs as mesmas em quantidades, regularidades, formalidade temporalidade. O mar está subindo, os campos desertificando, os rios secando e as geleiras derretendo. Companheiros veteranos do sertão! Para elucidar os fatos e os acontecimentos, lhes pergunto cadê a neblina que há muito não se vê e que antes serrava semanas seguidas nos meses de junho e julho? Cadê o sol escaldante do mês de agosto? E as chuvas certeiras do mês de outubro que não cai mais? Cadê o inverno cessado de novembro e dezembro, o brejo, o atoleiro, aguaceiro de março? Juntos foram as nossas lavouras de arroz e milho, etc. Já não temos mais duvidas por que isso tudo esta acontecendo. Imagine quando os portugueses aqui chegaram há 500 anos como era a vegetação deste sertão, da sua fazenda, enfim de todo o Brasil? Estava todo coberto de matas frondosas de arvores seculares que impediam que o sol irradiasse diretamente na terra nua e descampada como acontece hoje, foram todas incineradas. Imagine-se, quanto calor e radiação a mais estas alterações estão provocando. E somado a isto vem à queima diária de milhões de toneladas de combustíveis fosseis, as quais imitem radiações e gases tóxicos à atmosfera. Estas são umas das principais causas do aquecimento global ator principal destas drásticas mudanças climáticas.

Companheiro a batalha esta quase perdida temos pouco a fazer, visto que o nosso modelo civilizatório consumista está consolidado, impossibilitando assim diminuir significativamente o nível de exploração e devastação da mãe terra. Já que estamos convertidos em sociedade do consumo e não temos como abster-nos de produtos como: a eletricidade, os últimos aparelhos, instrumentos e equipamentos da produção, do transporte, da comunicação da medicina e etc. e etc. Já que muito destes instrumentos e artefatos tecnológicos são usados para reparar partes das pestes, males e tragédias que nos acometem, fruto deste modelo desastroso de organização social que caminha para a autodestruição de toda a vida terrestre. Sabendo-se que a matéria prima usados na confecção de tais artefatos de uma forma ou de outra, são extraídos do planeta Terra e são finitos, até porque ainda não conseguimos criar nada, apenas transformar. Só seria possível reparar em longo prazo os danos que causamos a este planeta se pudéssemos voltar ao modelo de organização social de nossos ancestrais pré-colombiano onde a produção era apenas para o auto-consumo, enfim a sobrevivência, inexistindo ambição luxo e casta social, todos era igual comiam e se vestia igual, respeitando assim a interdependência e a reciprocidade do meio-ambiente e do ecossistema. Mas enquanto isto não for possível devemos ter o compromisso de tentar desacelerar a devastação e a tragédia, cada um fazendo a sua parte mudando o nosso estilo de vida abstendo de produtos supérfluos e descartáveis, reduzindo o consumo e dizendo não ao luxo. Ao adotar estas atitudes estamos contribuindo e muito para amenizar esta mortal devastação a que está submetido o nosso planeta.

COMPANHEIROS O TEMPO E O PLANETA NÃO ESPERAM.


Nenhum comentário:

Postar um comentário