Em sua primeira edição e com periodicidade anual, o IFGF traz dados de 2010 e informações comparativas com os anos de 2006 até 2009. O estudo é elaborado exclusivamente com dados oficiais, declarados pelos próprios municípios à Secretaria do Tesouro Nacional.
O indicador considera cinco quesitos: IFGF Receita Própria, referente à capacidade de arrecadação de cada município; IFGF Gasto com Pessoal, que representa quanto os municípios gastam com pagamento de pessoal, medindo o grau de rigidez do orçamento; IFGF Liquidez, responsável por verificar a relação entre o total de restos a pagar acumulados no ano e os ativos financeiros disponíveis para cobri-los no exercício seguinte; IFGF Investimentos, que acompanha o total de investimentos em relação à receita líquida, e, por último, o IFGF Custo da Dívida, que avalia o comprometimento do orçamento com o pagamento de juros e amortizações de empréstimos contraídos em exercícios anteriores.
O índice varia entre 0 e 1, quanto maior, melhor é a gestão fiscal do município. Cada cidade é classificada com conceitos A (Gestão de Excelência, acima de 0,8001 pontos), B (Boa Gestão, entre 0,6001 e 0,8), C (Gestão em Dificuldade, entre 0,4001 e 0,6) ou D (Gestão Crítica, inferiores a 0,4 pontos).
A capital Salvador seguiu o mesmo ritmo. Ficou na 23ª posição entre as capitais brasileiras, na 136ª no ranking estadual e na 3.373ª no nacional. Esse quadro negativo apresentado pela capital é explicado pelo IFGF Investimentos e no IFGF Custo da dívida e, principalmente, pelo zero no IFGF Liquidez. A capital baiana é um exemplo de que ter elevada geração de receitas próprias não é garantia de uma boa gestão fiscal.
No topo
do ranking estadual, os dez melhores municípios são, em ordem do primeiro para
o décimo colocado: Jaborandi (0,8123); Alcobaça (0,7712); Araças (0,7687);
São Desidério (0,7292); Lajedinho (0,7269); Cairu (0,7264); São Francisco do
Conde (0,7260); Medeiros Neto (0,7229); Barrocas (0,7228) e Lajedão (0,7090).
Os dez
primeiros colocados se destacaram por terem apresentado elevado nível de
investimento. Em primeiro lugar do estado e 68° do Brasil, Jaborandi foi a
única cidade baiana com conceito A, sendo exemplo de sucesso mesmo
com baixas receitas próprias. Em 6° lugar, Cairu destacou-se pelos baixos gasto
com pessoal e por elevados investimentos, o que justificou os conceitos A no
IFGF Gastos com Pessoal e no IFGF Investimentos. Lajedão, por sua vez,
sobressaiu-se pela boa administração dos restos a pagar, refletida na nota
máxima do IFGF Liquidez.
Na outra ponta do ranking, entre os dez piores resultados da Bahia, estão Ibicaraí (0,1784); Caém (0,1714); Ubatã (0,1659); Itapé (0,1645); Floresta Azul (0,1466); Jitaúna (0,1306); Canavieiras (0,1247); Iuiú (0,1235); Buerarema (0,1019); e Ibirataia (0,0958), município que registrou o pior desempenho do estado.
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