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sábado, 6 de outubro de 2012

Vícios e curiosidades da política livramentense: Um passeio pela nossa história recente


Renato Luz*
Era uma vez um município num local indefinido da Bahia, alguns dizem que é Chapada Diamantina, outros dizem que é Sertão Produtivo, outros dizem que é Bacia do Paramirim, dizer também que é no sudoeste da Bahia não resolve. Se o espaço geográfico, o território de identidade de Livramento já é algo que provoca muitas discussões e incertezas, imagine a política então?
 
O céu ainda está nebuloso, a política de Livramento costuma-se definir nas últimas semanas. Mas, o objeto deste artigo é outro, e peço paciência dos leitores para tecer sobre o assunto. Quero comentar algumas curiosidades e vícios que vem sendo renovados nos nossos quadros eleitorais. Os eventuais erros da historicidade podem ocorrer principalmente porque teço sobre episódios que datam de até 30 anos atrás, e eu só disponho de 22 deles. Não esperem imparcialidade, isso é mito, não vão encontrar em lugar algum, muito menos de qualquer produção oriunda de uma mente humana. Busco apenas o equilíbrio das partes com certa dose de independência e o mais importante, fidelidade aos fatos.
 
Eis algumas curiosidades principalmente para os mais novos, que é o segmento mais entusiasmado nesta eleição, em particular.
 
Fato 1: Desde 1982, exatos 30 anos, essa é a primeira vez que temos uma disputa eleitoral sem a presença das duas maiores figuras políticas da nossa história. Emerson Leal e Carlos Batista. Talvez, isso explique a dinâmica desta eleição, marcada especialmente por polêmicas e calúnias virtuais entre dois candidatos que buscam ganhar musculatura e identidade própria nesse novo cenário da nossa política. Se isso não explica a “baixaria” que toma conta da política livramentense, a falta de politização de um eleitorado viciado na troca de favores e no “toma lá da cá”, ajudem.
 
É fato também que a dicotomia do nosso jogo eleitoral sufoca qualquer possibilidade do “novo”, da “vanguarda”, sendo assim, ficamos condenados ao império do “mais do mesmo”. Ficamos viciados a liderança destes dois personagens. Eles polarizam a política livramentense há pelo menos 12 anos, desde 2000, quando Carlão se tornou o candidato oposicionista no lugar de Lourival Trindade.
 
Fato 2: Digo que são as duas maiores personalidades da nossa política, pelos seguintes motivos: Emerson é o único prefeito da nossa história com quatro mandatos, goza também do prestigio de nunca ter perdido uma eleição (ele próprio). Já Carlão, embora tenha apenas dois mandatos, possui a maior votação absoluta da história do município e certamente uma das maiores vitórias proporcionais.
Dito isto, partimos para algumas considerações, ou melhor, contradições mesmo.
De uma forma ou de outra, a maioria das lideranças políticas de Livramento surgiram ironicamente no berço de Emerson Leal, é difícil encontrar alguma personalidade notável da política que nunca tenha dividido palanque com ele.
 
Nas eleições de 1988, “Dr. Emerson” apresentou aos livramentenses Dr. Carlos Roberto Souto Batista (o Carlão), como seu candidato a vice, anos depois ele descobriria que o seu então vice se tornaria o seu maior adversário. Esse fato curioso, nos atenta para uma questão importante; os laços que unem os vices-prefeitos na nossa cidade nas últimas três décadas são mais frágeis do que espelhos. Quase sempre esses laços se rompem. E ai existe uma regra básica: nenhum vice tem tido espaço na prefeitura e isso não é de hoje, é desde que Carlão foi vice, 1989.
 
Em 1988, Carlão tecia elogios a Emerson e vice-versa. No mesmo ano, apresentou-se como adversário por outra chapa o fruticultor, Raelson Ribeiro, tio de Ricardinho. Aquela foi também a primeira apresentação de Lourival Trindade, que herdou o eleitorado de Ulisses Lima e dali pra frente se tornaria a maior referência oposicionista a Emerson Leal.
 
Em 1992, Carlão, já rompido com Emerson se lança candidato. Passou a contar com o apoio de figuras descontentes daquela gestão. Com a oposição dividida, Emerson fez seu sucessor sem dificuldades. Trata-se de Fernando Ledo, cuja família hoje acompanha as fileiras do bloco do prefeito Carlão.
 
O ano de 1996 é certamente uma eleição marcada pela competitividade dos candidatos Emerson Leal e Lourival Trindade. Até hoje circulam devaneios de suspeitas naquele processo eleitoral. Esta eleição é caracterizada também pela união das oposições em torno da liderança de Lourival e Carlão. Lourival na época era do PDT, ironicamente partido que hoje Emerson é filiado, sua família também optou por não apoiar o candidato a sucessão apresentado pela situação, preferiu Paulo Azevedo.
 
Em 2000, Carlão assume a liderança das oposições e monta uma chapa com o empresário João Cambuí (PCdoB) e mais uma vez são derrotados por Emerson. Nesse meio tempo, o Priquitão, consegue também a façanha de fazer do seu filho, deputado estadual pelo PTB, na base do então governador Paulo Souto, depois ele passaria ao PPB e finalmente ao PSL, hoje base do governador Jaques Wagner.
Finalmente chegamos a 2004, uma eleição que envolveu os livramentenses. A oposição repetiu sua chapa anterior, com Carlão e João Cambuí conseguiu a adesão da juventude do município e também de importantes segmentos da nossa sociedade. Após, mais de16 anos, o bloco oposicionista venceu a eleição com pouco mais de 600 votos de frente sobre Dr. Paulo, então candidato de Emerson. A vitória de Carlão e Cambuí se deu sob o discurso de mudança, liberdade e desenvolvimento. Embora a vitória se desse no executivo, no legislativo Carlão não conseguira fazer a maioria.
O prefeito Carlos Batista então trouxe para sim em troca de espaço político a adesão do vereador Leandro Araújo, não tardou também a adesão do então vereador Everaldo Gomes.
 
Se por um lado vinham as adesões da Banda B do grupo historicamente combatido, por outro lado surgiam os primeiros desentendimentos do prefeito com seu vice João Cambuí e com o PT de Gerardo Junior, que ocupava a secretaria de saúde do município. Com o parecer negativo das contas do município, e sem o apoio do PT, mais uma vez o grupo do prefeito recorreu a vereadores do grupo de Emerson para obter aprovação das contas do município, dessa vez foi à hora de trazer Wagner Assis para seu time. O “troca-troca” estava apenas começando. Como jogadores de um time futebol, as figuras da política livramentense passaram a trocar de “camisa” com muita freqüência.
 
Cambuí tornou-se o vice na chapa da esposa de Emerson Leal em 2008 e Gerardo Junior e o PT seguiram carreira solo. Já Dr. Paulo embora tivesse sido escolhido como candidato em convenção partidária, acabou optando por ocupar a vaga de vice na chapa de Carlão. A composição com Paulo na chapa vencedora é avaliada como decisiva para a construção da ampla margem de votos na eleição anterior.
 
O palanque do prefeito, agora estava dividido não só com seu grupo original, fruto de sua longa caminhada oposicionista, desde 1992, mas também abrigava agora, diversas outras oriundas da gestão de Emerson Leal, inclusive do ex- vice-prefeito, Sinval Marques. Carlão acabou por vencer o pleito com uma ampla margem de votos e obteve um resultado de folga na Câmara, suficiente para deixá-lo tranqüilo em qualquer votação durante o mandato.
 
Ufa. Chegamos em 2012. Sem Emerson e sem Carlão, essa é a novidade da eleição. Fiz todo esse apanhado, simplismente pra dizer que muito dos argumentos apresentados pelos candidatos no último debate e durante a eleição são toscos e contraditórios. Ricardinho trocou o PMDB de Geddel pelo PSD do vice-governador Otto. Então, entende-se de que quando culpa o governo do estado por má atuação da embasa, ‘e de outros segmentos esteja atacando seu próprio partido, que compõem o governo e inclusive tem uma das maiores bancadas de sustentação na assembléia legislativa. Entende-se também que quando Dr. Paulo fala de má gestão nos últimos oito, e não nos últimos quatros anos, pressume-se que ele aderiu ao grupo do prefeito há quatros anos sabendo do que encontraria por lá, sendo assim em acordo com o que via.
 
Portanto, como de um lado, como de outro, falácias e bobagens são espalhados para enganar o eleitor menos informado desses fatos. O que não faltam é candidatos que posam com palatinos da moralidade.
 
O grande diferencial dessa eleição é a importância do papel que ambos os candidatos a vice exercem. Tanto Clarismundo, como Gerardo Junior são figuras políticas sem a menor rejeição do eleitorado do município. É provável que venha de um deles, o diferencial que de a vitória a um dos candidatos no próximo dia 07 de outubro.
 
Outro fato curioso é que há 16 anos Livramento é administrado por médicos, se Paulo vencer, caminharemos para completar duas décadas desta tradição; por outro lado se Ricardo vencer, teremos após 16 anos o primeiro prefeito sem formação de nível universitário.
 
Feito esse passeio pela nossa história que conclusões podemos chegar? Que não há quase nenhuma novidade na nossa política. As mesmas famílias se perpetuam na disputa pelo poder há pelo menos 30 anos. E por que isso acontece? Porque temos um legislativo submisso e promiscuo, que durante todos esses anos, foi cúmplice da uma polarização que não tem nos feito bem. São os arranjos da política!
 
No meu entender, o maior desafio do livramentense no dia 07 não é com o voto no prefeito, mas sim no voto pra vereador. E não digo isso sugerindo o voto nulo, este certamente não será a melhor das opções, é preciso escolher sim por um dos lados.
Se o nosso congresso nacional não atende as nossas demandas, acredite, ele é fruto da política mesquinha praticada nas câmaras legislativas brasileiras. Muito embora seja dever do vereador, apresentar projetos e fiscalizar o executivo, bem sabemos que aquela casa legislativa está muito aquém disso. Se existem projetos, ninguém os conhece. Na melhor das hipóteses falta divulgação, sabemos que não é o caso.
 
Tanto nos quadros da situação, como na oposição a exemplos sólidos de desserviço ao que reza a constituição quanto à função do legislador. Há exemplos nítidos de vereadores que sequer usam a tribuna da Câmara para se pronunciar sobre qualquer tema que fosse, o que permite inclusive suspeitas de analfabetismo funcional de alguns de nossos representantes.
 
Por isso, quando escolher o seu candidato a vereador, lembre-se que você paga R$ 3 mil e 700 reais para que ele seja o seu legítimo representante dos interesses coletivos. Paga para que ele fiscalize o executivo e, sobretudo, apresente projetos que melhorem a qualidade de vida dos cidadãos.
 
Escolher um candidato que verdadeiramente tenha projetos para o município é nosso dever. Não seja cúmplice da promiscuidade política, não rasgue o dinheiro dos seus impostos.
 
* Renato Luz é jornalista.
Conheça o mais novo site de Livramento: http://www.cartasbaianas.com/
 
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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

FOTOS: Inauguração do comitê de Ricardinho (55) e Paulo Azevedo (44)

Arrancada da vitória lota praça no Taquari e mostra força do Movimento 55

O que era para ser um simples ato de campanha acabou se tornando um grande comício, com milhares de pessoas nas ruas e a presença de diversas lideranças partidárias no palanque dos candidatos da coligação “Pra quem tem Livramento no coração”.

Uma das personalidades da política baiana presentes ao evento, o deputado federal Edson Pimenta (PSD), vice-líder na Câmara Federal, destacou que o município tem muito a ganhar com a eleição de Ricardinho e Clarismundo no dia 7 de outubro.

Representando o vice-governador Otto Alencar, o ex-deputado estadual Clóvis Ferraz afirmou que “esta data representa a arrancada da vitória de Ricardinho e Clarismundo em todos os recantos do município”.

Em seu discurso, Ricardinho ressaltou que a marca do seu governo será trabalhar em favor do povo mais humilde, dando prioridade às áreas de infraestrutura, educação, saúde, esporte e lazer. "Quero dar a Livramento mais qualidade de vida e desenvolvimento. Vamos fazer um governo melhor para todos", defendeu. Leia mais... , mais fotos...

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O candidatos Dr. Paulo e Júnior inaugura comitê com grande festa

O comitê central da coligação “Unidos por Livramento” foi lançado na noite deste domingo (19), na Praça Gentil Vilas Boas. Uma multidão de pessoas se aglomerou para saldar o candidato a prefeito Dr. Paulo, o seu vice Gerardo Júnior e toda a comitiva.

A grande festa da mudança deixou evidente a vontade que Livramento quer algo diferente. “A presença massiva da população de Livramento e o carinho demonstrado para mim e meu amigo Gerardo Júnior mostram o desejo de mudança dos livramentenses”, declarou Dr. Paulo.

Para o candidato a vice-prefeito, Gerardo Júnior, “o povo de Livramento está cansado dessa condição, onde não se tem liberdade e investimentos que retornem para o próprio povo”.

Entre as autoridades estavam o deputado federal Lucio Vieira Lima (PMDB) e o deputado estadual Nelson Leal (PSL). Leia mais... , mais fotos...



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Deixe o seu comentário aqui em baixo mostrando o que você das inauguração dos comitês? Do discurso de algum candidato? Etc...

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sexta-feira, 15 de junho de 2012

Aleivosia, mentira e realidade


 
Dr. Emerson Leal: "eu não sou ladrão"

 
O ex-prefeito Emerson Leal dedicou boa parte do discurso em que avalizou a pré-candidatura de Paulo Azevedo a prefeito de Livramento de Nossa Senhora, Bahia, para explicar a inclusão do seu nome na lista de 218 gestores públicos que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) encaminhou, dia 5, ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE).


Pela “Lei da Ficha Limpa”, todos da lista estão inelegíveis, incluso o Dr. Emerson, e não podem concorrer a cargos eletivos. Trata-se de um dos tipos de inelegibilidade estabelecida pela Lei Complementar nº 135/2010, que altera outra Lei Complementar, de nº 64/1990.

No caso de Emerson Leal, refere-se a prestação de contas desaprovada pelo TCE (Resolução nº 387/2006), que lhe imputou multa de R$400,00 e ele não pagou. Resultou do processo TCE/012019/2002, onde ele exerceu seu direito de defesa, mas não convenceu os conselheiros e a decisão tornou-se irrecorrível.

Na gestão do ex-prefeito, a Prefeitura de Livramento firmou o Convênio nº 037/01 com a Secretaria Estadual da Educação, no valor global de R$12.0320, dos quais recebeu a parcela única de R$8.000,00. O restante correspondeu à contrapartida municipal.

Segundo o TCE, o então prefeito cumpriu o objeto do Convênio, que seria a alfabetização de jovens e adultos, mas não comprovou que os recursos recebidos foram gastos nesse projeto, em razão de que teve a prestação de contas desaprovada e a multa imputada. A explicação em seu discurso está, portanto, incompleta e não desfaz a decisão.

Poderá, sim, entrar na Justiça, para provar não haver dolo, como admite a Lei, mas, até lá, ficará inelegível. Ele tem conta desaprovada, ainda, no Tribunal de Contas da União e está inscrito na dívida ativa do município, no valor de R$13.017,00, referentes a penalizações imputadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios.

O site “Mural de Notícias”, que não publicou a lista dos “fichas sujas” do TCE, divulgou “Nota de Esclarecimento” do ex-prefeito, acrescentando, na legenda, que “O ex-prefeito Dr. Emerson Leal esclarece informação equivocada divulgada na imprensa local”. Enganou-se, a lista foi divulgada também pelos principais veículos de imprensa da Bahia, inclusive “A Tarde”.

Portanto, não há aleivosia, como afirmou Emerson Leal, nem qualquer informação equivocada. A afirmação do ex-gestor, na “Nota de Esclarecimento”, de que o objeto do convênio foi cumprido está reconhecida na Resolução do TCE, mas a multa foi imputada porque, segundo o Tribunal, o então gestor não provou ter gasto os recursos no objeto conveniado.

Em tempo:
Aleivosia (dic. do Aurélio):
1. Traição, perfídia, deslealdade.
2. Dolo, fraude.
3. Falsa acusação; calúnia.
Clique aqui para ler:
Nota de Esclarecimento do ex-prefeito>>

Fonte: Mandacaru da Serra. Por Jornalista Raimundo Marinho.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

NOTA DE ESCLARECIMENTO


Na condição de, então, Prefeito do Município de Livramento de Nossa Senhora, na data de 30 de agosto de 2001, o gestor Emerson José Osório Pimentel Leal, firmou Convênio, sob no. 37/2001, com o Estado da Bahia, por intermédio da Secretaria da Educação, objetivando a alfabetização de jovens e adultos, com a implantação de classes de alfabetização, no âmbito do Programa Aja Bahia. O montante dos recursos transferidos foi na ordem de R$ 8,0 mil, cabendo ao Município aportar uma contrapartida no valor de R$ 4,32 mil. Com base no Convênio, o Município cumpriu, na totalidade, os encargos a que estava obrigado, no sentido de implantar as classes de alfabetização, conforme ajustado no plano de adesão, que integrou o Convênio, possibilitando beneficiar a população local. A própria Secretaria da Educação do Estado atestou ter sido o objeto do Convênio cumprido na sua integralidade. A Procuradoria do Estado, em parecer existente nos autos de prestação de contas, manifestou-se no sentido de confirmar o inequívoco cumprimento do objeto pactuado, já que o mesmo foi atestado pela Secretaria de Educação, de acordo com o documento de fls.2 existente no processo de prestação de contas, demonstrando a ausência de qualquer prejuízo ou dano ao patrimônio público. Assim, qualquer senão de natureza formal não pode ser considerado bastante para imputar qualquer responsabilidade, uma vez que, como atestou a Secretaria de Educação, o gestor efetivamente cumpriu na íntegra o objeto conveniado, não podendo se lhe imputar, por conseguinte, qualquer responsabilidade, inclusive de ordem financeira.

Foi isto que aconteceu no curso do processo de prestação de contas referente ao Convênio no 37/2001 que foi firmado entre o Município e o Estado da Bahia. Cumprimento integral do objeto conveniado, com o atestado de sua plena efetivação fornecido pela Secretaria de Educação do Estado que certifica o beneficiamento das pessoas alfabetizadas no Município de Livramento de Nossa Senhora.

Leia o discurso de Emerson Leal (PDT) sobre o seu nome no TCE:
http://iguateminoticiasonline.blogspot.com.br/2012/06/paulo-azevedo-agora-espera-decisao-de.html

Fonte: Mural de Notícias, visitem galera!

domingo, 22 de abril de 2012

Começa festa eleitoreira em que tudo é prometido

Raimundo Marinho

Jornalista

Foto enviada por Artur Moura           Foto do site Mural de Notícias
Pelo visto, o secretário estadual da Agricultura, Eduardo Salles, foi a Livramento de Nossa Senhora (BA) sem qualquer agenda, no último dia 20. Tudo indica que apenas ampliou contatos políticos iniciados em Rio de Contas, onde teria firmado compromisso de implantar uma cultura experimental de uvas, voltada para produção de vinhos.
Concretamente, nada levou de relevante para Livramento, nem assumiu compromissos, apenas ouviu pedidos que se repetem em véspera de eleições. Mesmo assim, recebeu bajulações, comeu e bebeu à vontade, tendo tratamento digno de chefes de Estado. Deve ter retornado a Salvador dando gargalhadas.
As lideranças do município pareciam em campanha eleitoral, bancando papagaios de piratas nas fotos e submissas a um obscuro servidor do governo estadual. Isso demonstra que nada mudou no sertão, nem entre as lideranças, costumeiramente curvadas para o poder central, nem os eleitores, sempre prontos a aplaudir.
E tudo corre, festivamente, à margem dos graves problemas que o município enfrenta. O convênio com a Apromol, para o combate à mosca da fruta, de R$450 mil, parece não ter sido assinado. O secretário apenas informou que o governador está sensibilizado com o drama da seca na região, mas não acenou com providências a serem tomadas pelo Estado, prometendo apenas “fazer o possível”.
Como convém ao momento eleitoral, Eduardo Salles encontrou-se separadamente com os dois chefes políticos locais. Com o prefeito Carlos Batista, visitou e ouviu produtores de mangas. Com o ex-prefeito Emerson Leal, reuniu-se em um jantar, dominado pela presença de interessados nas próximas eleições, incluindo pré-candidatos a prefeito e vereadores. Foi uma reunião política.
O presidente da Associação dos Irrigantes (ADIB), Rosivaldo Romão, repetiu sua preocupação ante a crise dos recursos hídricos, relembrando medidas que, há anos, tenta viabilizar. Entre os ouvintes, estava o deputado federal Edson Pimenta, aquele que não cumpriu a promessa, feita em 2011, de ceder para o projeto parte das verbas de suas emendas ao orçamento da União.
O prefeito Carlos Batista também reforçou solicitações já feitas, como a inclusão de Livramento nos programas emergenciais destinados aos municípios afetados pela estiagem. Porém, pelos apoios que diz ter, como os de Edson Pimenta e do secretário da Agricultura, receia-se que vá morrer à míngua. Tudo não passa de arroubos eleitoreiros, mas não custa continuar cobrando.
* Informações do Mandacaru da Serra.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Dr. Emerson Leal, em entrevista exclusiva ao L12 Notícias

O Superintendente da SUDIC - Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial – o médico, ex-prefeito de Livramento de Nossa Senhora e líder político, Emerson Leal (PDT), concede entrevista exclusiva ao L12 Notícias, o qual falou sobre investimentos em nível de governo estadual, enfatizando sobre a Chegada da Cabral Mineração, que vai explorar 15 milhões de toneladas de minério de ferro por ano e gerar 800 empregos diretos no município.


O cacique político teceu críticas ao governo municipal e deixou bem claro que o processo de escolha do candidato do grupo de oposição será definido com base no resultado de uma pesquisa de opinião, e, ainda esclareceu dúvidas com relação a sua situação eleitoral.


Leia a íntegra da entrevista de Emerson Leal ao L12 Notícias:


L12 Notícias - Qual o grau de participação da SUDIC, que tem o Senhor como superintendente, com relação à vinda da Cabral Minerações para Livramento?
Emerson Leal - A Sudic é o braço executor da indústria e comércio, cuja função é, exatamente, procurar captar empresas que possam vir a investir na Bahia, aproveitando as oportunidades que o Estado possa lhes oferecer. Esta é a nossa missão, e, assim sendo, como presidente da Sudic. Seguindo, ainda, a orientação do secretário James Correia, da Indústria, Comércio e Mineração, cabe à Sudic procurar facilitar a entrada de novas indústrias em nosso Estado. Então esse foi o nosso papel, facilitar ao máximo a vinda da empresa multinacional Cabral Mineração, subsidiária da australiana Cabral Resources, que identificou aqui no nosso município de Livramento uma grande reserva de minério de ferro. Como já é do conhecimento de todos, a Cabral Mineração vai instalar aqui no município uma indústria para concentração desse minério, com capacidade de 15 milhões de toneladas ao ano, evento que deve gerar 800 empregos diretos e 2.500 empregos indiretos. Já mantivemos contato com o secretário James Correia, no sentido de viabilizarmos, o mais breve possível, a capacitação de pessoas de Livramento, para que elas ocupem futuramente esses empregos, ao invés de trazer pessoas de fora para exercê-los. Eu costumava dizer: "A história política de Livramento estava dividida em duas fases distintas: antes e depois do nosso projeto de irrigação”. Hoje eu afirmo que entramos em um novo ciclo, onde a história política de Livramento, a partir de agora, será dividida em duas etapas distintas: “antes e depois da instalação desta Siderúrgica”. Livramento vai aumentar enormemente a sua arrecadação, e, em razão disso, não tenho dúvidas que vai haver uma significativa melhoria da qualidade de vida do nosso povo.
L12 Notícias - Por parte da Sudic e da Secretaria da Indústria e Comércio, existe mais alguma ação nesse sentido?
EL - Paralelamente a isso, nós estamos buscando junto aos empresários, que diariamente nos procuram na Sudic, uma forma de trazer também uma empresa da área de produção de suco de frutas para Livramento, já que o município é o segundo maior produtor de manga do estado da Bahia, e, juntamente com o município de Dom Basílio, é o maior produtor de maracujá do Brasil.
L12 Notícias - Existe algum embaraço para que uma empresa desse porte se instale aqui em Livramento?
EL - Na época que fui prefeito deixei um grande terreno, situado entre os bairros Taquari e Benito Gama, com o propósito de atrair indústrias próximas a essas comunidades, proporcionando emprego e renda. Mas, não houve o aproveitamento da área cedida, pois nada foi feito para dar as mínimas condições de infra-estrutura naquele grande terreno. Em condições desfavoráveis essas empresas não negociam a sua instalação no município.
L12 Notícias - O Senhor está apto a se candidatar para prefeito de Livramento?
EL - Sim, estou apto para me candidatar.
L12 Notícias - No Tribunal de Contas (TCU), na página 75, processo 2005, estava constando o nome do Senhor como inelegível. O Senhor já conseguiu reverter aquela situação?
EL - A situação já está absolutamente esclarecida com relação a esse impedimento, inclusive, para ser presidente da Sudic, eu teria que está com essa situação regularizada.

L12 Notícias - Sobre a vinda do PMDB para o grupo que o Senhor lidera: O Senhor é ligado ao governo de Jaques Wagner (PT), porém o PMDB está literalmente debandado do Governo do Estado e ainda do Governo Municipal de Livramento. Como fica essa situação entre os partidos rivais?

EL - Veja bem, o PMDB, tendo sido traído pelo atual Prefeito de Livramento de Nossa Senhora, resolveu procurar o grupo da oposição ao atual Gestor, manifestando o interesse de apoiá-lo. De sorte que o apoio será bem vindo.

L12 Notícias - Há possibilidades do PR de César Borges, que tem como presidente em Livramento o jovem Lucas Spínola, agregar a esse grupo de oposição?

EL - Em política tudo é possível.
L12 Notícias - Já foi feita alguma pesquisa de opinião encomendada pelo grupo que o Senhor lidera?
EL - Não. Até então não foi feita nenhuma pesquisa, mas pretendemos fazê-la, e, dentre as pré-candidaturas colocadas, aquele que aparecer em melhor posição na pesquisa deve liderar a chapa, passando a contar com o total apoio dos demais.

L12 Notícias - Quais nomes devem compor a pesquisa?

EL - Paulo Lessa (PP), o médico Paulo César Azevedo (PRP), o meu próprio nome; e espero que o PT também participe desse processo, colocando o nome do seu candidato à apreciação, para um futuro governo de coalizão.

L12 Notícias - Deixe as suas considerações finais:
EL - Cada vez mais robustece a convicção de que não se pode fazer política com ódio, com rancor, com ressentimento. Temos que colocar o interesse coletivo acima de eventuais interesses individuais. Ser adversário político não significa, necessariamente, serem inimigos inconciliáveis, pois sempre é possível dar as mãos uns aos outros quando está em jogo a promoção do bem comum. Livramento ultimamente tem sido muito mal tratado, a partir daí, surge necessidade de todos nos unirem, para implantação de um novo modelo administrativo em Livramento, cujos valores mais altos sejam a Paz e Justiça Social e onde todos os livramenteses se unem na Liberdade e no Amor.

sábado, 14 de abril de 2012

Deputado envolvido em nepotismo cruzado com Nelson será processado

Em outubro de 2011 a revista Veja denunciou que o deputado federal João Carlos Bacelar empregava em seu gabinete dois parentes do deputado estadual baiano Nelson Leal e em troca sua mãe era empregada aqui na Bahia, num típico caso de nepotismo cruzado.As indicações de Nelson ao deputado federal era a sua mãe (Lia Leal) e sua irmã (Ana Paula), que logo após as denuncias foram exoneradas. Além da mãe e da irmã que aparentam estar fora da lista de beneficiados por cargos públicos na família atualmente, está a sua esposa Marlane, lotada há muito tempo no gabinete do deputado federal José Rocha; o seu irmão André Leal, que advoga para a CAR e seu pai Emerson Leal, que é diretor na SUDIC.
Nesta semana foi divulgada a decisão da mesa da câmara de deputados em encaminhar ao conselho de ética uma representação contra João Carlos Bacelar. A decisão ocorreu depois de uma investigação realizada pelo corregedor, o deputado pernambucano Eduardo da Fonte, atendendo a um pedido realizado pelo PSOL.
Mas por que será que está mesma investigação não fora feita aqui na Bahia com o Deputado Nelson Leal?
Outro exemplo foi a operação detalhes realizada pela polícia federal num suposto esquema em que parentes do deputado Roberto Carlos recebiam dinheiro através de funcionários lotados no gabinete do deputado.
O princípio que norteia estas ações dos deputados João Carlos Bacelar, Nelson Leal e Roberto Carlos é o mesmo: utilizar-se de recursos públicos em benefício próprio.
Que justiça é esta?
O que diferencia Nelson Leal para não estar sendo investigado, nem denunciado?
Restaram-me estas perguntas que até então estão sem soluções em minha cabeça.
* Lucas Spinola