segunda-feira, 2 de julho de 2012

Povo vai ao encontro dos candidatos nas convenções

Paulo Azevedo e Ricardinho, candidatos a prefeito de Livramento nas eleições de 2012
O médico Paulo Azevedo e o empresário Ricardo Ribeiro vão duelar nas eleições de outubro
Chamou à atenção a multidão que compareceu às convenções partidárias, ontem, para definição de coligações e candidaturas a prefeito e vereador, em Livramento de Nossa Senhora, Bahia, lotando tanto os espaços do Colégio Estadual João Vilas Boas, onde se reuniu o grupo da situação, como do Centro Diocesano, a poucos metros um do outro, que abrigou a oposição.

O empresário Ricardo Assunção Ribeiro, o Ricardinho, do PSD, foi confirmado como candidato a prefeito da situação, tendo como vice o também empresário Clarismundo Pires de Oliveira, em uma coligação que reúne quatro partidos (PSD, PR, PTB e PSC).

Pela oposição, disputarão o médico Paulo Cesar Cardoso Azevedo (PRP) e vice o dentista Gerardo Azevedo Júnior (PT), na coligação “Unidos por Livramento”, que acabou reunindo 14 partidos (PRP, PV, PMDB, PSL, PSDB, PDT, PP, PRTB, DEM, PT, PTC, PSB, PC do B e PRB).

Os grupos têm até o próximo dia 5 para registrar as candidaturas. Qualquer prognóstico, agora, é prematuro, mas o páreo promete ser duro. As pesquisas estão divididas e cada lado exibe a que lhe é favorável, como as recentemente divulgadas, que dão, no confronto direto: Ricardinho 39,1% x Dr. Paulo 35% e outra com Dr. Paulo 64% x Ricardinho 30%.

PROMESSAS DA SITUAÇÃO


Pré-candidatos e patronos repetiram velhos chavões eleitoreiros, com as promessas de sempre, ataques a adversários e cantando vitórias. O prefeito Carlos Batista disse que“Livramento não pode ser governada por quem não tem estatura moral para ela, por quem não tem capacidade de cuidar das pessoas e de trazer o desenvolvimento que o município precisa”. E disse a Ricardinho: “confio que você pode ampliar nosso trabalho, fazer Livramento avançar, fazer um governo que, Deus queira, seja até melhor do que o meu”.

E o pupilo respondeu: “Vamos trabalhar sem cansar e implementar um grande projeto de desenvolvimento no nosso município, para melhorar a vida das pessoas. Mas sei que tudo que fizermos ainda será pouco, comparado com esse carinho que recebemos, com essa força que vocês trazem até aqui”. Garantiu que “toda localidade, todo bairro terá ação da prefeitura no nosso governo”.

O vice de Ricardinho, Clarismundo Pires Oliveira, também prometeu: “Vou trabalhar ao seu lado e comprometido com Livramento. Quero dar a minha contribuição para o desenvolvimento do município e sei que estou do lado certo para isso. Está terminando o ciclo dos médicos à frente do poder e é chegada a hora de administradores dirigirem os destinos de Livramento”.

ATAQUES DA OPOSIÇÃO

Na oposição, a fala mais inflamada foi a do líder do grupo, o ex-prefeito Emerson Leal, que fez um libelo de acusações a seus adversários, sem citar nomes, chamando-os de“parasitas ricos”, que, segundo ele, “roubam o dinheiro da prefeitura”. E mandou um recado: “aproveitem esses três meses e sete dias, porque no dia 7 de outubro, serão derrotados”.
Pré-candidato do grupo e atual vice-prefeito Paulo Azevedo também não aliviou: “Eles tiveram a oportunidade de fazer, em oito anos, e não fizeram. Não fizeram nada pelo social. Vamos lutar para reduzir a desigualdade social em Livramento”. Denunciou que“quando assumi, por 15 dias, verifiquei que o hospital mandava material para ser esterilizado em Rio de Contas”. Disse que vai “humanizar o atendimento na Prefeitura, que hoje é uma casa sombria e deserta”.
Gerardo Junior, o vice de Paulo Azevedo para 2012, agradeceu os partidos que o acompanharam (PT, PTC, PSB e PRB), testemunhando que “temos muito a fazer por Livramento”, citando como exemplo a adução de água para o distrito de Iguatemi e o combate à privatização dos recursos hídricos. Defendeu o orçamento participativo e o rigoroso acompanhamento dos gastos públicos.

PC do B NA PROPORCIONAL

Durante as convenções, os partidos que defenderam a candidatura autônoma de Gerardo Junior a prefeito, formaram uma coligação para disputar a eleição proporcional, pela oposição. O último a aderir foi o PC do B, formando-se, então, um grupo de cinco partidos, com PT, PTC, PSB, PC do B e PRB, mas pela lei eleitoral eles terão de integrar também a chapa majoritária.
Mas o presidente do PC do B, ex-vice-prefeito João Cambuí, declarou-se indignado com a forma como o líder do PT, Gerardo Junior, segundo ele, decidiu aderir à chapa de Paulo Azevedo. Afirma que não houve consulta prévia aos partidos que estavam apoiando sua candidatura autônoma. Mas, para preservar seus candidatos a vereador, liberou a legenda para a eleição proporcional.
Joranalista Raimundo Marinho

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